domingo, 11 de setembro de 2011

Antes de setembro, o agosto esquecido.

Não tenho nada contra os norte- americanos, pelo contrário: adoro a cultura podre industrializada do descartável, uso All Star, bebo desesperadamente coca- cola, como mc donald's e tudo mais. Acho que nada é pior que a guerra, principalmente entre povos ou por motivos religiosos. Mas alto lá gente: este papo de transformar o 11 de setembro em um dos maiores crimes da história já é muita lavagem cerebral.
Vamos aos fatos: o atentado "terrorista"- como a mídia adora chamar- deixou o total de 2.996 pessoas mortas, incluindo os 19 sequestradores, que seriam integrantes da Al-Qaeda, organização fundamentalista islâmica internacional. Grupo esse liderado por Osama Bin Laden, que por muitos anos foi treinado pelos Estados Unidos e também unido ao governo durante a invasão soviética. O tio Sam ficou aliado ao grande mandante islãmico até o momento que lhe foi conveniente, depois disso virou a "guerra ao terror", movimento (que até virou filme e ganhou Oscar) liderado pelo grande imperialista bélico George W. Bush, que na desculpa de lutar contra o "eixo do mal" invadiu o oriente médio e matou muitos, mas muitos civis iraquianos e afegãos. Vingança que destruiu muitas vidas inocentes, e depois acabou sendo feita com o grande líder americano, que tanto defendia a liberdade e o diálogo, pagou o papelão em cadeia internacional declarando que "Osama tinha pago pelo que fez", e assim dando mais combustível nesta guerra imbecil de quem pode mais.
Nesta busca frenética o governo norte-americano teria gasto mais de um trilhão de dólares, que poderiam ser investidos interiormente para os próprios cidadãos. Como, por exemplo, em emprego, amenizando a taxa vergonhosa de 10 % de desempregados, o que é altíssima para um país desta dimensão, ou até mesmo na saúde, que é caótica nos EUA.



Agora um dos maiores massacres, depois do holocausto, na história aconteceu durante a segunda guerra: a bomba atômica largada nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Entre os dias 6 a 9 de agosto morream 140 mil em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki, sem contar muito mais vidas destruídas depois da exposição à radiação, a maioria dos mortos eram civis. Também teve a guerra do Vietnã, entre muitas outras provocadas pelo grande império norte americano com o grande intuito de vender armas e lucrar.
Não vi ninguem comentando a grande (e maior) barbárie feita pelos Estados Unidos. Mas após dez anos, o ataque as torres gêmeas continua sendo mostrado, explorado e dramatizado ao extremo. Não estou de forma alguma defendendo o extremismo e fanatismo religioso, mas toda ação tem uma reação. Muita gente inocente morreu, claro, mas nunca podemos esquecer que os americanos já mataram muito mais do que morreram.

* Texto feito com a ajuda da internacionalista Laura Busato. 


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