quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Um ode à Lispector.

Não sou fresca, longe de mim. Sou mimada, mas fresca não. Como qualquer coisa, evito peixe...mas enfim, tenho verdadeiro PÂNICO de barata. Até hoje chamo alguém pra matar. Meu pai era o que sempre sofria, e até hoje sofre, não vou mentir (sou mimada, mentirosa NUNCA). Às vezes via uma barata nos fundos de casa, às duas da manhã, ia no quarto dele, com a voz baixa e trêmula de pavor: ''paiiiii....''- ''o quê???''- ''tem uma barataaaaa nos fundosss'' ( e agora sim, caindo no choro), -''pô, guria, pensei que era ladrão''. E lá ia meu bom pai matar na maior boa vontade. OK, não era boa vontade, e ele ia me xingando: ''que coisa ridícula, deste tamanho não saber matar barata''. ''-pai, não é  'não saber', apenas não nasci pra matar barata.'' Claro, todo mundo tem um dom e o deu definitivamente NÃO É matar baratas!!!
O que me preocupa, profundamente, é a porcentagem de baratas destinada à cada pessoa . Todo mundo diz que existem não sei quantas mil baratas pra cada um...e aí vem minha dúvida terrível: precisarei eu matar para estar exterminando com minha parte, ou isso entra na cota de outra pessoa?? Se eu pensar muito nisso, não durmo mais.
Na verdade, meus amigos, tive a desagradável oportunidade (primeira vez que associo essa palavra a algo ruim) de interagir com essas criaturas asquerosas inúmeras vezes na vida. Até na rua elas me perseguem, juro por Deus, isso é quando divirto as pessoas gratuitamente. Estou indo bem feliz, com meu mp4 (a era do walkman já acabou), ai de repente elas SURGEM, do nada. Aí cabe a querida aqui dar pulos, gritinhos (sim, porque o surto começa com a enorme vontade de fazer fiasco, depois eu me controlo e seguro..) pulinhos pra fugir, e continuar normal e sempre acompanhado ''aiii, que nojoooooo!!'', porque se eu falar o nome parece mais nojento ainda.
A vez que Deus me testou, ahhhh se ele me testou: eu estava sozinha em casa, à noite.. (assim que começam as histórias de terror) quando vejo... uma barata, média, andando na parede do meu quarto. E santoagostinhoooo, não tinha a quem recorrer!!!! Me senti a própria G. H., da Clarice Lispector, mas é óbvio que não engoli a bicha pra acabar o medo. Precisava matar, e foi o que fiz. Estava cansada, com medo, sozinha, mas fui até a lavanderia e peguei ele: o inseticida. Me enchi de coragem num suspiro, só que era preciso olhar pra aquele ser nojento com patinhas peludas para apertar o spray. E na hora, meus amigos, penso nas piores coisas que podem acontecer: ela pode ficar gigante e me beijar, pode pular em cima de mim, me dar um golpe de karaté, pode vir na minha cara, na minha boca, aí teria que jogar fora meus lábios. blerghhh!!! Mas eu fiz. Matei uma barata. Palmas, obrigada.
Tem uma vez que me envergonha, admito, fui uma completa idiota. Estava cozinhando, coloquei a cebola no fogo pra fazer o molho e desci até a garagem, onde ficam as bebidas que não são levadas pra cima. Meu pai estava tomando banho, e eu fui ali rapidinho pra pegar uma coca. Rapidinho??? I wish! Abri a porta, peguei o refri e quando ia saindo: lá estava ela, eu juro que me olhava, com aquele casco nojento!! Tentei gritar, meu pai não me ouvia, o chuveiro ligado e ele cantarolava. E eu pensava: ''pulo? mato? fujo? não tinha pra onde ir, no meio do caminho tinha uma barata (preferia a pedra..) massss, não passei, fiquei ali, em cima do banco, esperando a casa queimar, os bombeiros me acharem, ela sair dali. Ela não saia, bem no meio da porta estava em posição de ataque. Só me restou me refugiar em cima do banquinho e gritar por socorro para meu pai, (ainda bem que não era minha vó, se não a cebola ia queimar, a casa, ela, eu e a barata. (ia ser bem feito, pior que elas sobreviveram ao big bang...)). Meu pai ouviu, graças ao bom Deus, foi lá em baixo, me xingando, olhou pra ela, e pra me humilhar cutucou com o chinelo: ''Esta barata tá SECA de tão morta''. LAMENTÁVEL, meus amigos.
Eu tenho isso e não é frescura. Mais que odeio baratas, eu abomino baratas, sei lá o que sinto, algum sentimento que não tem nome de tão ruim. E não debochem de quem sofre essa mesma fobia. É uma doença, ok? E o tratamento é ficar longe delas, e conseguir alguma alma caridosa que SEMPRE as mate. O que me preocupa é se isso entra naquela porcentagem de baratas destinada a cada um. Assim como G.H., essa dúvida me deixa inquieta.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Coldplay no Brasil: Viva!! (la vida)


Confirmadíssima a vinda da banda inglesa ao Brasil para duas apresentações no início de 2010. A trupe de Chris Martin volta ao Brasil para a divulgação do álbum ''Viva la vida'' depois de três anos e realizará shows somente no Rio de Janeiro (28 de fevereiro, na Praça da Apoteose), e em São Paulo (2 de março, no estádio do Morumbi).

Quem quiser conferir a turnê é bom ficar atento para os dias de compras dos ingressos: Dia 7 de novembro, pelo site da Ticket Master, e a partir das 9h pelo Call Center (4004-2060). Os clientes dos cartões Citibank, Credicard e Diners tem direito a pré-venda exclusiva de 31 de outubro a 6 de novembro. O valor não foi informado, mas na última passagem da banda por aqui, os tíquetes custavam entre R$ 150 e R$ 400.

Além das novas músicas de ''Viva la vida'', sucessos dos discos ''Parachutes'', ''A rush of blood to the head'' e ''X&Y'' estão no repertório. A abertura do show é por conta da cantora Bat For Lashes.

Mais informações no site: http://www.showcoldplay.com.br/