terça-feira, 31 de março de 2009

'' E por falar em saudade''...


CENÁRIO: praia de Copacabana, cidade maravilhosa (porque, apesar de tudo, o Rio de janeiro continua lindo!!)
DATA: ''que tempo feliz, ah que saudade, ipanema era so felicidade, era como se o amor doesse em paz''
AÇÃO: o sério Tom jobim, o simpático Toquinho e o espirituoso Vinícius de Moraes em uma mesa de bar, a mais bagaceira possível. Garrafas de Whiski e cinzeiros lotados de bitucas de cigarros. Todos admirando a linda paisagem dos biquinis, que vão passando em frente.
FIGURINO:''um velho calção de banho''

PROTAGONISTA:
Vinícius não era apenas ou um boêmio apaixonado, ou um apaixonado boêmio,(casou nove vezes, não sabe-se se devido ao fato de ser um boêmio ou simplesmente um apaixonado). Era mais que isso: além de diplomata, dramaturgo, jornalista, compositor, era um grande poeta. Apaixonado pelo amor, e principalmente pelas suas consequências, pagava pra ver, defendia que ''quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não''. Compor, era sinônimo de transformar o sofrimento em lindas palavras, ''pergunte pro seu orixá, o amor só é bom se doer''...isso é ser poeta. Vinícius foi o maior do país, sem dúvida.
Baiano de coração, e negro de alma, para ele ''ser feliz é viver morto de paixão'', na rotina dos bares, no tempo da bossa, onde ''mesmo a tristeza da gente era mais bela'', letras embriagadas de sentimentalismo e amor, que não precisava durar ''por toda a minha vida''. Para o poetinha, como era chamado ''o amor é o carinho, é o espinho que não se vê em cada flor. É a vida quando chega sangrando, aberta em pétalas de amor ''.
As letras de Vinicius eram como conselhos em forma de melodia. Suas composições eram desde os descrentes do amor ''você que só ganhar pra juntar, diz pra mim o que que há... você vai ver, um dia, em que fria você vai entrar'', até os desacostumados com as feridas do coração: ''mas deixa a lâmpada acesa se algum dia a tristeza quiser entra, e uma bebida por perto, porque voce pode estar certo que vai chorar''.
Lamento não ter sentado em um buteco e bebido com ele. Com certeza Vinicius era uma pessoa que teria valido muito a pena conhecer. Um homem inteligente, boêmio e apaixonado pelo amor. ''Ah, se todos fossem iguais a você''...

quarta-feira, 25 de março de 2009

O caos da atualidade

Andava eu e meu mp3, ouvindo meus Rolling Stones pela rua. De repente surgem três caras, caras não, três escórias, lixos humanos, covardes. Aquelas coisas não são seres humanos, são bichos, aliás nem pra isso servem, porque na natureza existem leis.
Passaram por mim e um deles arrancou meu mp3. Sim, na maior naturalidade, e ainda soltou um ''fica na tua'', enquanto os outros dois olhavam com as caras nojentas, que, de uma forma estranha, tinham algum poder.
Continuei caminhando até em casa, normalmente, ainda em choque. Logo que fechei a porta comecei a chorar de raiva, ''eu fiquei olhando'', repetia, ''apenas olhando''. Levaram algo que me pertencia e eu fiquei olhando, na maior naturalidade, como se tivessem me perguntando as horas. Logo eu.

Ok, não poderia fazer nada, eram três contra uma. E Deus sabe o que mais esses lixos teriam, uma faca, uma arma, qualquer coisa. Poderiam ter levado minha bolsa, meus óculos, até mesmo terem feito algo a mim, ''dá graças a Deus que foi só isso'', disse minha mãe, do outro lado do país, para tentar amenizar a situação.
E o que mais me indigna é que todo mundo pensa assim. Todo mundo dá graças a Deus por terem levado ''apenas'' a carteira, o carro, a bolsa, o celular. Uma ova! Não dou graças a Deus, levaram uma coisa que me pertencia, sem ao menos pedir, arrancaram de mim, como se fosse algo natural e assim as coisas ficaram.
O que me deixa injuriada não é o fato de ser um mp3, foda-se o mp3, consigo outro, aliás eu tinha dois. Não me conformo com a violência e levianidade que a falta de segurança é tratada. Não podemos mais caminhar ouvindo música, temos que andar com o mínimo de objetos na bolsa, não se pode usar brincos, nem anel, nem pulseira. Enfim, vamos vestir as coisas que gastamos para ficar em casa. Vou usar vestido e anéis no meu quarto, enquanto bebo champanhe, em cima da cama?? De preferência tomando antidepressivo, trancada em casa, com receio de sair às ruas. Não, não vou me habituar a isso
Pensei porque não corri atrás deles, que aliás nem correram muito, apenas apertaram o passo. Poderia ter dado uma voadora, ou se tivesse uma arma, um tiro no meio da testa de cada um. Muito forte? Claro, até ferirem nossa integridade, as pessoas defendem o comportamento ''pró-segurança'' e ''eles não tiveram as mesmas condições''. Merda, tudo isso é merda. Desculpa pra defender a criminalidade e dar mais brecha ainda pra essa gente agir. Assim se pensa de quem rouba qualquer coisa na rua, ou os ladrões de colarinho, que deixam milhares de famílias passando fome, enquanto viajam nos seus jatinhos, comprando objetos pessoais com o dinheiro do leite e do pão dos filhos dos trabalhadores. E o povo? Ninguém faz nada, muito ocupados olhando Big Brother ou novela.
Pobreza nunca foi desculpa pra falta de higiene, educação e caráter. Por isso, gostaria de andar armada, ou ter super poderes...ah, se eu fosse uma heroína, tenho pena daqueles projetos de marginais hoje, qeu certamente vão viver até os 30, quando levarem uma bala bem dada, qeu vai acabar com a mísera vida que levam.
Não vou me acostumar com essa violência e omissão do povo brasileiro, e o que é pior, do povo gaúcho, que era tão batalhador, questionador, o qual eu tinha tanto orgulho, mas cada dia que passa, tenho mais vergonha. E querem que a Copa aconteça aqui...Espero que os turistas tragam mp3, ou muitas vidas serão roubadas.

sábado, 21 de março de 2009

Entre mortos e feridos ainda resta a dignidade


Ainda sobre o conflito no Oriente Médio, assunto tão complexo é tão inaceitável, há um exemplo de que o mundo ainda não está totalmente perdido. Sim, existem pessoas que ainda colocam o ser humano em primeiro lugar. A fotinho dessa linda criança é um tapa na cara dos bossais que estragam e matam milhões de vidas inocentes, por crenças, territórios, enfim: a velha questão política que acaba com tudo.

A família deste menino palestino, morto por soldados israelenses, doou os órgãos do garoto para serem usados em transplantes em Israel. Um ato de superioridade e evolução espiritual acima do que se pode compreender, porém pequenino, comparado a ignorância brutal da guerra, mas feito pela família com apenas um intuito:esperando que o gesto ajude a alcançar a paz.

É amigos, se todo mundo acreditar que fazendo sua parte, pode mudar, ainda existe uma esperança. Já diria um garoto de Liverpool: ''You may say i'm a dreamer, but I'm not the only one. I hope some day you'll join us, and the world will be as one''.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Matar para evitar a morte

Parece até piada, mas dia 1º de abril (dia da mentira), o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, vai encontrar seu colega americano, Barack Obama, em Londres. Os dois representantes governamentais participarão da Cúpula do G20, ( reunião dos países mais ricos e os principais emergentes), marcada para o dia dois. O principal objetivo é uma reaproximação dos dois paises, que tiveram a relação abalada pelo imperialista George Bush.
O irônico nisso tudo é que, o mesmo presidente que vai buscar uma certa paz para seu país, anunciou dia 17 de março que a Rússia irá se rearmar em ''grande escala''. Isso inclui, além das habituais armas que tiram vidas e aleijam milhões de outras, eles querem contar também com armas nucleares em seu estoque. Segundo o próprio Medvedev essa medida, que começa em dois anos, tem como objetivo “aumentar a capacidade de combate das forças russas, que devem ser capazes de dar respostas a todas as necessidades indispensáveis para garantir a segurança da Rússia”, referindo-se ao exército e a marinha.
Agora a grande questão: para que isso se o objetivo principal é a segurança? Não é possível que seja necessário um arsenal, incluindo nucleares, responsáveis por arruinar gerações, mesmo diante de um potencial conflito em certas regiões, alimentado por crises locais. Isso sem contar a fortuna que será gasta apenas esse ano, cerca de 1,5 trilhão de rublos (R$ 99,4 bilhões), dinheiro que poderia muito bem ser destinado à causas humanitárias.
Essa situação é mais ou menos como a do Oriente Médio: para a defesa de ''possíveis'' ataques são lançados misséis, bombas em qualquer área que seja. Ferindo, matando e multilando civis, como homens, mulheres e crianças, que a cada dia vivem em constante aflição, de malas prontas, esperando o próximo ataque, em seguida outro, mais outro e mais um, até que numa dessas sejam atingidos. Tudo por uma boa causa: a paz.
Já diriam os utópicos e malucos hippies ''bombing for peace is like fucking for virginity''.

terça-feira, 17 de março de 2009

A hora de ser homem

Em um episódio do famoso seriado ''Sex and the city'', a protagonista leva um fora através de um post it. Isso mesmo, o atual ''namorado'' desmancha com a moça através daqueles papeizinhos grudendos, que usamos para anotar lembretes, e assim não esquecemos de fazer as coisas.
Esse acontecimento não está tão longe da vida real. As maneiras covardes de acabar utilizadas pelo sexo masculino (e aqui não refiro-me a homem, porque este coragem de olhar na cara de uma mulher e dizer que não quer mais), são as mais variadas. Temos o telefone, email, msn, torpedo, e o post it. Nessa categoria das mensagens estão incluídos os telegramas e as cartas tradicionais, com selo e tudo.
A mais aceitável, mas ainda sem consideração, é acabar por telefone. Tudo bem, o cara não tem coragem de olhar para a cara da pessoa que esteve com ele por um bom tempo, mas liga, por mais que isso possa demorar. Muitas vezes isso acaba em um encontro posterior, para '' colocar os pingos nos is'' e decidir de uma vez o que farão com o relacionamento problemático.
Por email é mais ou menos assim: o cara ta alí trabalhando, pagando contas, limpando a caixa de entrada, e dai pensa: ''ops, vou resolver isso logo tambem''. E lá se vai o email, ou com uma infinidades de coisas, tentando ser menos monstro impossível, por mais que ache que terminar um relacionamento por email não seja a total falta de consideração. Ou então manda poucas linhas: ''nao dá mais, seja feliz, beijos'', ah e para amenizar temos as frases típicas dos covardes egocentrícos de plantão: ''o problema não é você, sou eu'', ou então ''não estou pronto para um relacionamento''. Estranho que quando eles começam algo, se mostram muito preparados para um relacionamento.
As cartas são utilizadas mais pelo pessoal que não gosta de despedidas, mas expressa-se bem em palavras, gosta da tradicional forma de comunicação ou apenas acha divertido colar o selinho no envelope. Os escritores de carta certamente vão dissertar sobre o relacionamento, escrever coisas bonitas, elogiar o tempo que passaram juntos, agradecer por tudo que sua companheira fez, mas avisa que está apaixonado por outra, saindo do país, e que ela nunca mais vai achá-lo. É capaz até de mandar a aliança ou algum souvenir por sedex junto. Porque esse (acha que) tem consideração em ainda ''perder'' tempo, ops, dedicar seu tempo para uma despedida triste.
Depois temos a categoria menos consideração possível, que além de ser escrita, se reduz a pequenas formas de fazê-la, assim como a consideração do moço por tudo que a destinatária fez a ele: o torpedo pelo celular e o telegrama. Essa é feita por aquele que odiava mandar mensagem, nunca teve a capacidae de mandar algo carinhoso, não teve coragem de comecar nada, só caga fora do penico, e para não tomar um pé, acha que deve fazê-lo antes. Ele manda poucas palavras, bem de pessoas que não sabem o que querem da vida como ''estive pensando'' (ele pensa!), acho que não deveriamos (não tem certeza nem disso, mas quer sair como o bonzão). Essa categoria está nas piores, porque além de ser algo curto, monstrando a pressa em resolver o ''problema'', nem a própria letra o sujeito usa.
Então, cavalheiros, não é bem visto quando não se olha para os olhos da pessoa que dedicou algum tempo, e se tem a coragem de dizer que não quer mais. Ser homem e assumir seus atos não fica chato, é perfeitamente aceitável e mostra hombridade. Ao menos honrem as cuecas que mamãe lava para vocês, adoráveis garotos egoístas.

sábado, 14 de março de 2009

Os diamantes e as pedras


Essa passagem, de um anônimo, é para repensarmos nos valores que atribuímos para tudo em nossa vida. As consequências que escolhas de prioridades erradas podem trazer. Vale a pena ler:

'' Nunca desvalorize ninguém. Guarde cada pessoa perto do seu coração, porque um dia você pode acordar e perceber que perdeu um diamante, enquanto estava muito ocupado colecionando pedras.''

sexta-feira, 13 de março de 2009

O que as mulheres realmente querem

Não é tão difícil dizer o que as mulheres querem. Apesar de não parecer, as mulheres não são tão problemáticas e impossíveis de serem compreendidas. Saber o que queremos é mais fácil do que se imagina, basta prestar um pouquinho de seu tempo e atenção à elas.
Ironicamente, mesmo pensando que somos complicadas, os homens acham moleza ser mulher. Não têm idéia dos mil artifícios que precisamos usar para agirmos como pessoas do ''sexo frágil''. As coisas que precisamos escutar na rua, que não queremos ouvir. O que não nos dizem em casa, e gostaríamos muito de saber.
Os homens não deve se dar conta, ou colocam muita confianca em seus pênis, por achar que precisam conquistar uma mulher apenas uma vez para ter seu amor eternamente. Gostamos de ouvir elogios, até quando pintamos as unhas, por mais que estejam mal feitas. Gostamos de saber que nossa comida, a qual ficamos horas preparando e suando diante de um fogão, está ótima, e não que está com muito ou pouco sal.
Gostamos de receber um bom dia pela manha, seja da maneira que for. Gostamos de ser surpreendidas com flores, chocolates e jantares, por mais que isso custe tempo ou dinheiro. Gostamos de receber um boa noite antes de dormir, pra nos sentirmos amadas, por mais que a vontade seja de sufocar-nos com um travesseiro.
Nós gostamos de saber que nossos companheiros preocupem-se conosco. Gostamos de dividir nossa vida e não ser uma parte para a noite apenas. Gostamos de saber que fazemos diferenca na vida de alguem. Gostamos de saber que há uma pessoa que passe o que passar, estara ao nosso lado, a qualquer hora do dia ou da vida. Gostamos de saber que a saudade é maior que o cansaço, a vontade maior que a falta de tempo e o amor maior que a falta de incompreesão.
As mulheres querem que os homens preocupem-se em fazer coisas para não perdê-las, como agrados e surpresas; não por achar que um vestido curto, ou que um olhar perdido na rua possa fazer isso. Querem ouvir um ''sim'' quando convidam para algo, e não um ''me convidou porque sabia que eu não iria'', que coloca em dúvida sua verdadeira vontade de estar junto.
Uma mulher fica ao lado de alguém porque o admira e gosta, mesmo com tantos defeitos. Abdicamos de pessoas e lugares para dar valor a uma pessoa que merece esse valor,não alguém que duvide disso o tempo inteiro e não consiga fazer o mesmo, por achar que outras pessoas e lugares, que não lhe dedicam um terço de atenção, mereçam. Precisamos ser fortes, quando no fundo queremos colo e cafuné. Precisamos de alguém que entenda isso, que lute, por mais que muitos acontecimentos apontem para o lado aposto.
As mulheres precisam de pais, não querem ser mães. Precisam de irmãos mais velhos e não criancas choronas que querem gritar e ter crises maiores que as suas. As mulheres querem apenas homens de verdade.
É bom lembrar que sempre haverá alguem para dar o valor que uma mulher de verdade merece. O resto é de mentira. E sobras nao interessam a ninguém, a não ser quem goste de viver de mentiras.
A vida é muito curta e não tem graça alguma se não for vivida com paixão. Essas são as mulheres, meus amigos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Além da crise mundial

Sim, o mundo está em colapso. Não é alarde jornalístico, simplesmente, as coisas que costumavam estar apenas ruins, agora estão cada vez de mal a pior.
A crise de sempre, que parecia bater à porta de países subdesenvolvidos, agora preocupa grandes potêncoas. Gigantes empresas japonesas já pediram bengala ao governo, Obama, além de lidar com alguns ministros que sonegam impostos, agora precisa preocupar-se com o caos estabelecido, que ameaça a estabilidade econômica mundial.
E aí vem a grande questão: se na terra das oportunidades os estrangeiros já arrumam as malas pra voltar pra casa, que esperança resta para os habitantes do país em que nada nunca funcionou? Preocupem-se.
Pessoas formadas há pouco tempo, com faculdade, alguma bagagem cultural, e algum potencial estão saindo do país. Tentando a vida em outros lugares, quem sabe lavando os pratos ou entregando pizza têm mais oportunidades que aqui? E eles etão certos.
Quem não está desesperado atrás de um emprego, algo que lhe dê garantias, trabalha por migalhas. Precisa abrir uma ''empresa'' para que seu ''empregador'' não custeie seus DIREITOS como trabalhadores.
Direitos esses, que estão na legislação brasileira: Salário de acordo com o piso estabelecido pela categoria, (valor que os obriga a ter mais de um emprego) férias, e 13º salário. O fato é que todos estão falidos. Quem não está, vai ficar, e por isso precisa cuidar do que ainda tem.
Quem está estudando para o vestibular, deveria pegar esse dinheiro e ir pra fora. Qualquer lugar, onde aprenderia outra língua e arrajaria dinheiro em qualquer forma de emprego. Se ficar aqui, há grandes chances de ser um graduado desempregado, ou que terá que pagar pra trabalhar.
Como muitos dizem, ir para fora pode ser uma ilusão, mas ainda prefiro iludir-me a viver em um eterno pesadelo.