terça-feira, 25 de novembro de 2008

Têm coisas que o dinheiro não compra...

''Nunca passarei por cima dos meus princípios''. Pensei isso a minha vida toda, e ainda penso. Adoro a frase do mastercard: ''existem coisas que o dinheiro não compra'', a felicidade é uma delas, pelo menos a felicidade interna, aquela que nos faz sentir leves. Talvez muitos mendigos, que hoje nos pedem uma esmolinha na rua, levaram isso ao pé da letra.

Todo mundo quer ter grana e satisfação pessoal, claro que ninguém faz todo o tempo o que gosta, mas também não dá pra fazer todo o tempo o que odiamos. Não podemos calar nossa mente e aquietar o coração, apenas para levar uma meia vida que pague as contas e nos transforme em robôs humanos, que precisam encher a cara a todo final de dia para encontrar uma pequena satisfação na vida. Não seria justo com nós mesmos.

Penso que todo mundo gosta de fazer algo na vida, então porque não se pode ganhar dinheiro adorando o que se faz? Aí não entro no mérito de trabalhar pouco ou muito, de ter vida pessoal ou não, mas simplesmente gostar do que se faz. Nisso também é questionável as necessidades de cada um. Muita gente fica feliz por ter uma graninha no final do mês para pagar as contas e comprar o necessário, já outras quanto mais trabalham, mais querem trabalhar, nem que isso signifique abdicar a vida pessoal, incluindo amigos, maridos, filhos e velhice.

Esses dias, andando pela rua reparei em um mendigo que fumava, deitado na calçada. Aquela cena me chamou a atenção. E por incrível que pareça, não foi pelo fato de uma pessoa maltrapilha estar deitada no lugar que muitos passam e têm o cuidado de tirar o sapato ao chegar em casa, por acharem nojento, mas oq ue me fascinou foi a simplicidade daquele ser humano em ser feliz. Aquele mendigo, com uma cara de satisfação, fumando um cigarro barato, no meio da imundície, em pleno sol a pino de um dia normal, aproveitava como se fosse um magnata fumando um charuto cubano, em alguma ilha grega.

Talvez o problema de todo mundo seja a acomodação, o oposto da ambição desenfreada. Tudo precisa ter limites, claro. Cada um sabe o que deve fazer para ser feliz, até porque cada um possui suas necessidades e anseios pessoais e ninguém tem o direito de questionar os sonhos dos outros.

Conhecendo muitas gente, o que posso garantir hoje em dia, com toda a certeza, é que dinheiro não traz felicidade. Com certeza é melhor ser um triste rico que um triste pobre, apenas pelo fato de poder mascarar as agruras da vida, o inegável é que ''todo mundo é parecido quando sente dor'', o que muda é a atitude para camuflar as lágrimas.

Já tive aversão a casamento, pavor de criancas, talvez por medo de fracassar como pessoa, e a pior coisa na vida não é fracassar no trabalho, no estudo, nos objetivos. A pior coisa é fracassar como ser humano, Principalmente quando uma família, uma vida, de um ser pequeninho, que sai de dentro da gente, depende do que vamos passar de valores.Descobri que minha intolerância infantil era o fato de não suportar fracassar como mãe.
Influenciamos tudo a nossa volta, por isso o primeiro cuidado a tomar é seguirmos os nossos princípios, aquilo no que acreditamos, o que nosso coração julga certo e justo. Baseada nisso sempre defendi a teoria de que tudo é válido quando julgamos ser o certo, e que isso não prejudicará ninguém, afinal a gente até pode se sabotar às vezes, mas lá no fundinho sabemos o que realmente se passa.

Devemos a nós mesmos a luta por buscar o que aquela voz grita dentro de nós, que nos pede para fazermos. Aliás, as duas vozes que sempre escutamos: a emoção e a razão, podem se completar, mas muitas vezes será difícil explicar para o coração porque a razão resolver fugir da tentativa de tornar-se uma pessoa melhor.

Realmente, eu já pensei que ser feliz era ter alguém ao meu lado, que era ser uma pessoa forte, já pensei que ser feliz significava conseguir tudo que se quisesse, já pensei que ser feliz era segurar as lágrimas. Mas o pior que já pensei, e isso foi me dito por uma irmã, que não é de sangue, mas de alma, era que eu não podia deixar minha felicidade depender dos outros. Não poderia colocar todas as minhas expectativas em cima de alguém, não depende de outra pessoa o meu sorriso, apenas de mim. Ninguém pode carregar a pesada responsabilidade de ser motivo de minha felicidade, por isso me decepcionava tanto com as pessoas.

Eu já quis ser rica, já quis ser famosa, já quis ser importante para alguém, já quis que alguém dependesse de mim, já quis ser motivo de orgulho para meus pais. Foi quando me dei conta que se não fosse alguém para mim mesma, antes de tudo e todos, seria eternamente insatisfeita com o que me tornei. Hoje em dia eu só penso em ser feliz, e realmente não sei o que se faz para conseguir isso, mas enquanto eu seguir o que meu coração pede, dormirei tranquila.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Depois são as mulheres...

Tem gente que fala, fala mal do comportamento meio louco das mulheres. Ok, já assumi essa postura no post anterior. Mudamos de opinião de uma hora pra outra, às vezes somos meio malas, incomodamos, fazemos drama,blábláblá...Mas o mais legal, que também já havia frisado antes é que assumimos isso, sem problemas. A pior merda feita é assumida, sem maiores problemas: ''bah,viajei...azar!''

Agora, cá entre nós, homem descornado é a pior coisa que pode existir. Tudo bem que algumas mulheres fazem o estilo Glen Close, em ''Atração fatal'', mas a maioria chora no ombrinho das amigas e daqui a pouco está saindo com outro pra esquecer. Mas, com muitos homens (e agora, refiro-me a um número muito maior que o de mulheres que cozinham coelhinhos nas panelas) tomar um pé não é bem assim.

''Lá vai ela falar da Madonna'', exato. Quem imaginaria que um cara machão, que dizia não trocar fraldas e costumava ficar se enfumaçando nos pubs, faria um papelão desses que Guy Ritchie tem feito????? Apesar de nunca ter gostado dele, por roubar a essência da nossa diva, eu ao menos respeitava o cara.
Sei que a imprensa aumenta, isso é indiscutível. Mas tantos rumores e tanta gente falando deve ter no mínimo alguma verdade nisso tudo, o velho ditado ''onde há fumaça, há fogo'' continua sendo válido pra mim.
Gente, a Madonna só queria ser feliz, por isso casou com esse idiota. Ele parecia ser um cara durão, que ia ensinar a loirinha que as coisas não eram sempre da maneira como ela queria. Isso está totalmente certo, e percebo que desde a Madonna lá dos anos 80, com luvas de renda e crucifixo até a ''mother''(fucker) ela amadureceu muito, não apenas fisicamente...muito por causa dos filhos, que deram um novo sentido à vida da maluquete dançarina. E pode ter sido também graças ao ex, claro.
Óbvio que só os dois sabem o que realmente acontecia para chegar ao ponto de se separar. Por ela ser independente, por estar sempre viajando, por ter perdido a paixão, ou por simplesmente não amarem-se mais. Na minha opinião, apenas penso que Guy poderia ter um pouco mais de consideração e cuidar o que fala da mãe de seus filhos, porque ela passou oito anos com ele, e isso não é para qualquer um, muito menos para Madonna!!!! E ficar solteira, nessa altura da vida, tendo o comportamento e a vida que tem, deve ser triste. Por isso não há a necessidade de, além de todo trauma, se dar conta que estava casada com um completo imbecil.
Por isso homens, não tenham esse comportamento patético de sair de um relacionamento falando mal, independente de quem foi a iniciativa de acabar. O melhor caminho é aceitar que tudo acaba e manter o bom relacionamento, para, no futuro, só restarem as lembranças boas e o carinho por alguém, que algum dia, foi especial em nossa vida.
Mas nem tudo está perdido. Agora posso voltar a torcer para o meu preferido: Sean Pean. Afinal, um tapinha não dói, ne Mad??

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Tpm, Madonna e tattoos


Incrível como uma mulher pode viver milhares de emoções por dia. E falo por experiência própria.
Consigo começar um dia num mau humor do cão e acabar saltitando e cantando enquanto volto pra casa. Ou vice- versa. E conheço muitas mulheres que passam por isso.

Podemos ser loucas, ok. Podemos querer casar hoje e amanhã nunca mais querer compromissos sérios. Homens também são assim, só que todo e qualquer comportamento, colocam a culpa em cima da mulher: ''ela era louca'', ''ela me sufucava'', ''ela não dava bola'', ''ela não me convidava pra sair'', ''ela me convidava demais pra sair''. Nós assumimos: temos tpm, e quando não é isso é puramente loucura.

Falando em loucas, hoje Madonna, ( sim, ELA) confirmou a separação do chato diretor Guy. Cara insuportável. Porém levava ela na dureza, se não Madonna não ficaria oito anos com ele. Ele sabia lidar com ela, com certeza, mas ela não era feliz. Simplesmente porque não era ela ao lado dele. Ela virava outra pessoa: uma mulher contida, séria, obediente. Tudo pelo medo de não ficar sozinha. Eles não combinavam. Ela era louca, ele era sério. Os oposto se atraem? Pode até ser, mas não dura muito tempo, uma hora enche o saco.

Ainda torço por Sean Pean, apesar das brigas que rolava, o casal se amava. Eram feitos um para o outro. Não tenho dúvidas quanto a isso. Mas Mad faz parte do nosso time: o das loucas. Que a cada momento querem uma coisa e não suportam ninguém controlando sua vida. Coisas que fazem bem, que fazem mal, que fazem rir, que fazem chorar, que fazem roer as unhas, que fazem ficar puta da cara, que fazem abrir um sorriso de orelha a orelha, que fazem dar murro na parede e depois chorar de dor. Tudo pela sensação de mudança e de sentir-se viva.

E com o intuito de me sentir viva, hoje faço mais uma tattoo: essa em homenagem a diva. Do lado de dentro do braço. Vai doer a alma, eu sei. Mas se eu estivesse morta não ia sentir dor, isso seria péssimo. Pior que não terá ninguém lá para segurar minha mão, mas isso também faz parte do crescimento, garantem os especialistas.

E a feliz coincidência da minha tattoo ser feita no dia que ela anuncia mundialmente sua liberdade.

Viva a maravilha de ser mulher! (e louca!)


terça-feira, 23 de setembro de 2008

A maldade (??) da verdade


- Gosta mais da mamãe ou do papai ?
-Do papai! Mamãe é muito chata!!
-Não pode falar isso,menina!!Tem que gostar dos dois!!
Pergunta pra que, então, porra???!!! Criança é assim. Fala o que pensa, doa quem doer. E pior: faz isso olhando dentro dos olhos da pessoa. Eles conseguem isso, e não ficam nem vermelhos. Apesar de todas as ''demonices'', vale a pena passar algum tempo com eles. Eles são malvados, e como! Conseguem dizer as piores verdades com um sorrisinho nos lábios. Isso é o mais mágico de ser criança. Sem arrependimentos, nem consciência pesada. Falam o que querem, pensam e sentem. Nem que isso signifique magoar profundamente os sentimentos de alguém.
Minha ex- chefe, uma pessoa que sempre ficará no meu arquivo da memória (na seção das lembranças boas), já dizia: ''criança é má. Essa história deles serem puros e bons é besteira. Todo mundo nasce predisposto à maldade''. Concordei plenamente com a moça, como eu costumava chamá-la.
Os pequenos excluem, logo de início, quem não vão com a cara e debocham do que acham engraçado. Por serem espontâneas, as crianças são más. Ou será que, por serem más, as crianças são espontâneas? Ainda não me acostumei, mesmo vivendo 25 anos nesse mundo louco, com a atitude de fingir. Vamos combinar que fingir é uma merda. Fingir que está feliz .Fingir que não está triste. Fingir que gostou de um presente que nunca ser usado (nao por nos ao menos). Fingir que não gosta de alguém. Fingir que sente saudades. Fingir que não sente saudades. Fingir que já esqueceu. Fingir que não lembrou. Fingir que está bem. Fingir que não passou vergonha. Fingir que não doeu. Fingir que achou bonito. Fingir que não é engracado. Fingir que gosta. Fingir que não gosta. Fingir que respeita. Fingir que obedece. Fingir que manda. Fingir um orgasmo. Fingir uma lágrima. Fingir um abraço. Fingir uma opinião. Fingir uma verdade. Fingir uma mentira. Fingir que achou feio. Fingir que nao se importa. Fingir que tem pressa. Fingir que tem calma. Fingir quando ri. Fingir quando chora. Fingir quando ama. Fingir quando odeia. Fingir uma felicidade. Fingir uma tristeza. Fingir, sim, que é uma baita maldade. E o pior, é uma maldade contra si mesmo, seria um ''eu me saboto'', já diria um certo alguém... (Viu, isso é se sabotar: mostrar o contrário do que realmente se sente!)
Agora me digam: porque pessoas boas só têm que falar coisas que não magoam???? Claro que muitas crianças dizem algo ruim pelo simples prazer de fazer uma maldadezinha, nem que seja infantil. Afinal o que é uma maldade mesmo? Falar as coisas que pensamos ou as que vão magoar alguém? Não seria muito pior um ato que vá, de fato prejudicar alguém? E cá ente nós, falar a verdade, ou o que estamos com vontade, nos faz tanto bem que não pode ser considerado uma maldade,né? Pelo menos pra quem fala. E viva as crianças! Afinal, elas não fazem por mal...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Para ilustrar o espírito de solidariedade dos animais


Palavras são desnecessárias...

(In) Consciência Ecológica


O ser humano é a raça mais triste que pode existir. Sim, já mencionei isso inúmeras vezes, e não me esqueço que faço parte da infeliz categoria, mas cada vez tenho mais certeza dessa afirmação. Enquanto, no reino animal, muitas mamães arriscam suas vidas para salvar seus filhotinhos, no mundo humano algumas matam seus rebentos. Motivo? Ás vezes apenas porque estão com vontade. Isso sem contar a falta de atitude, em fazer algo pelas futuras gerações. Por isso sempre me preocupei mais com os bichinhos na rua, que com as pessoas. Eles não têm como defender-se, e pensar que algumas pessoas usam isso a seu favor, me deixa doente.
Sinceramente, as pessoas só vão aprender que o planeta está acabando, e que cada um deve fazer a sua parte, quando estiverem morrendo afogadas, queimadas, ou não houver mais ar. Se bem que a possibilidade do afogamento é a mais provável: o aquecimento global causando o derretimento das geleiras, inundando tudo que houver pela frente.
Dia desses, assisti a uma reportagem sobre as mudanças climáticas, causadas pela destruição do planeta (sim, fui apocalíptica), e conseqüentemente, sobre o frio na Antártida, que não é mais tão rigoroso como antes. Alguns animais já estão sofrendo com essa mudança de clima, causada pelo bicho- homem. E nem entrarei em detalhes sobre a poluição de rios e mares, desmatamentos, animais que correm sérios riscos de extinção; enfim, tragédias; que ninguém gosta de saber, mas também não faz a mínima questão de mudar. Como se o fato de não saber, fizesse com que não existisse.

Todos nós somos responsáveis por acabar com o mundo. Quando alguém joga algo no chão, deve deixar junto um bilhetinho para seus netos, porque é isso que está fazendo: deixando sua herança. De alguma forma estamos inseridos em algum grupo: os que ajudam na destruição, colocando a mão na massa mesmo (normalmente, são os que lucram com isso); os que ajudam a acabar com a terra, apenas não fazendo nada (porque acham que não deve envolver- se: ''eles que sujaram, eles que limpem"); e os que fazem algo, nem que seja dentro da sua casa ou na vizinhança. Há os mais lutadores, que estão engajado em grandes causas, como vestir uma camisa mesmo e tentar mudar algo, e aqui não refiro-me ao Greenpeace, não que a tentativa não seja válida, mas uma multidão fazendo barulho, às vezes vale menos que dois ou três arregaçando as mangas para valer.


Como foi o caso de Paul Watson, ativista do Greenpeace, que saiu justamente para fazer algo concreto, fundando a Sea Shepherd Conservation Society. Sim, os loucos, que saem por aí limpando pinguins sujos de óleo e afundando baleeiros clandestinos. Tive a feliz oportunidade de namorar um desses sonhadores, um dos caras com o maior coração, que já conheci.
Não há mais nada a dizer, ensinar, conscientizar. As pessoas ficaram burras. Burras e preguiçosas. Pouco importa o mundo que estão deixando aos filhos, netos, gatos, cachorros...Ninguém mais faz nada. Ao contrário: tocam papel no chão, porque mais um não faz diferença; mais um toco de cigarro na grama, alguém deverá limpar; mais um lixo no rio, ''vai desmanchar mesmo''; ficam mais alguns minutos no banho, pra relaxar; mais algum tempo com a torneira ligada, culpa da distração; ligam mais luzes em casa, para deixar suas vidas menos sombrias; mais um aparelho, para não sentirem-se tão sós; colocam seus casacos de peles, para ficarem bonitas, bonitas com o sofrimento alheio. Enfim, vivem no seu mundinho, achando que o final dele só acontecerá nos filmes de ficção.
Após olhar a reportagem, pensei muitas coisas sobre o ser humano e achei uma palavra que o define muito bem: egoísmo. É isso, a maioria das pessoas é egoísta, só pensa em sí, no que sente, no que precisa, no que quer. Não liga a mínima para os outros, só no que os outros podem fazer por elas. Assim pensei quando vi uma senhora, lavando a calçada com uma mangueira. Eu ia brigar, ia perguntar se ela sabe que estamos à beira do fim. Ia, mas me omiti, logo eu. Fiquei tão brava, que fiquei quieta.'' Não vai adiantar mesmo'', refleti. Se tivesse pensando na teoria das formiguinhas, teria dito algo. Sim, fiz parte, momentaneamente, dos burros egoístas, mas isso não acontecerá de novo. E vocês, fazem parte de qual grupo?


Sites para consultar:



terça-feira, 16 de setembro de 2008

Aos idiotas habituais


Andava pela rua, ontem, com meu mp3, ouvindo minhas musiquinhas, quando percebi olhares estranhos, dignos de nojo. Homens que ficam olhando, como cachorros que olham os franguinhos girando, esperando as polentas ficarem prontas. Isso me irrita, e muito. Não por me olharem, mas, por acharem que têm todo direito de ficarem olhando uma mulher de cima abaixo, sem demonstrar o mínimo de respeito. Nem comentarei sobre as cantadas de baixo nível, que as mulheres são obrigadas a ouvir, enquanto seguem seu caminho, pela calçada. Pergunto-me se algum dia alguma parou, agradeçou deu um beijo e transou ali mesmo, com uma criatura que fez isso!
Não dou bola, nunca dou bola. Tudo bem, às vezes xingo. Ok, muitas são essas vezes. O fato é que isso irrita muito, em alguns dias mais que o habitual. Aliás, se um conhecido passar e buzinar ou gritar, não terá retribuição. Daí vem minha fama de antipática e ''achada'', não é por mal, entendam, mas tem muito idiota nesse mundo. Idiotas, que dá vontade dar um soco no meio no cara, ou um tiro. Simples assim.
Pior que os idiotas que encontramos na rua, são os que nos deparamos na nossa vida. Normalmente parecem pessoas inofensivas, dóceis, gentis, mas não passam de completos imbecis. Quem nunca conheceu um ''homem'' que se ache o cara, o fodão, como costumam se autodenominar entre espécies do bando (bando de animais, não há melhor definição). São aqueles que precisam exibir-se como o pavão faz, para mostrar poder à fêmea. Alguns são mais tímidos, mas compartilham da mesma teoria. Muitas vezes até escondendo quem é a verdadeira pessoa que está por dentro, para poder acasalar. Sim, termo apropriadíssimo.
O mais engraçado de tudo é que esses homens patéticos (que não são todos, obviamente), vão contar vantagem aos seus amigos primatas: ''Pô, comi aquela''. Na verdade eles não pensam o que realmente aconteceu: na pessoa que fingiu ser, nas mentiras que contou, nos sentimentos que forjou, e o principal: na covardia que teve em simplesmente não dizer na cara que era só aquilo que queria mesmo. Sejam homens, please!
Um conselho, aos que chamam de neuróticas (certas vezes com razão), quem usaram e jogaram fora: as mulheres não ficam chateadas ou tristes com o desinteresse de vocês, todo mundo pode simplesmente deixar de querer, acontece todo o tempo. O que irrita é a falta de coragem em assumir que não estão mais a fim, ou que nunca estiveram. A maneira como descartam alguém: ignorando ou passando com outra na frente, não é legal. Um simples ''não quero mais'', estaria de bom tamanho, e seria mais digno, também. As mulheres agüentariam essa ''perda'', acreditem. A ''coitadinha'' até ia sentir uma certa admiração pela sinceridade!
Sei que idiota existe em todo lugar, ambos os sexos, e volta e meia toparemos com alguns, seja no meio da rua, ou pela vida mesmo. Uma idéia que conforta as mulheres é pensar que um dia muitos desses seres patéticos terão filhas, e que, provavelmente encontrarão caras iguais pelo caminho, para eles de perto como é lamentável ser um estúpido.
Não esqueçam: ao denegrir a imagem ou a moral de uma mulher, utilizando o carinhoso elogio ''vagabunda'', lembrem do ditado popular: "quando dois 'não quer' dois não fazem''', logo, se existe tal fama, algum estúpido está lá para ajudar a construí- la. Vale mencionar que o ''sexo frágil'' pode ser muito, mas muito mal, quando quer. E que os boatos espalham-se rápido... Também não ofendam-se quando ouvirem desaforos, em retribuição à elegante falta de respeito das cantadinhas, na rua: "Que brava!''. Não, eu mereço respeito mesmo!


P.S.: Texto dedicado às mulheres que já tiveram ou ainda terão o desprazer de conhecer um idiota na vida, e para os homens que sabem ser homens.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Fora da moda de Madonna


Todos sabem da minha admiração pelo fenômeno Madonna Louise Veronica Ciccone (pra mim, sem o "Ritchie"), e não é de hoje, aliás, vem desde criancinha, quando era ''feio'' gostar da garota que dançava ''provocando instintos proibidos''. Sim, resquícios da atrasada mentalidade medieval, conservada pela ardorosa chama hipócrita da igreja católica, que por sinal queimou alguns milhões de almas na época da inquisição, mas isso é assunto para outra oportunidade...(recomendo o filme ''Bruxas de Salem'', o qual retra que os seres humanos podem ser mais diabólicos que o próprio ''demônio'').

De volta ao assunto: Madonna deixou de ser uma cantora, ícone, simbolo sexual, qualquer coisa, e antes de tudo, virou moda. Enquanto muita gente, que não sabe nem metade de suas músicas, conseguiu ingressos para assistir (ou para distribuir) a diva cinqüentona de perto, muitas outras pessoas, que acompanham seu trabalho há anos, viraram noites e não garantiram lugares nem perto da porta de saída do local a ser realizado a superprodução. Com muita persistência, consegui comprar os ingressos para conferir o show da mãe de Lola. Minha luta por lugares custou uma madrugada e duas térmicas de chimarrão, mesmo tentando desde a abertura da compra de ingressos, que durou mais de 24 horas. Não fiquei todo esse tempo na internet, mas revezei com minha amiga, que em Buenos Aires, tentou, sem sucesso ficar na fila (thanks, honey!!!) e com minha querida mãe, que passou praticamente toda a segunda- feira tentando conseguir um lugar para sua filha insana. ( Thanks, mami!! You're the best!!!)


O site da empresa ticketek.com saia todo momento do ar, o telefone direto para vendas estava sempre ocupado e a segunda oportunidade de show estava sendo fechada diante dos meus olhos, sem me dar alternativa alguma. O problema causado pela falta de suporte da empresa contratada prejudicou muita gente, que não tinha tempo para ficar a todo momento tentando.

Apesar de ter conseguido comprar os ingressos, passei por momentos tristes, os quais me senti impotente, até chorei de frustração. E o pior de tudo é pensar como os empresários podem dormir tranqüilos, sabendo que tanta gente tenta, sem sucesso garantir um ingresso. Priorizar os melhores lugares para quem nem conhece a história da cantora e principalmente inventar ''shows-extras'', quando na verdade todas as datas já estão decididas há muito tempo, apenas para fechar acordos com agências e lotar as noites de espetáculos, são atos muito cruéis para quem espera sua visita há 15 anos, e que, provavelmente será a última...

Madonna também deveria estar atenta a isso, porque foi graças a esses muitos fãs, que estão madrugando, na esperança de um lugar no seu show, que ela montou seu império e transformou-se na marca que é, hoje em dia. Os mesmos fãs que compraram suas ''VHS''s, gravavam suas músicas nas fitas ''k-7'' e olharam seus filmes, apesar das lamentáveis atuações, roteiros e direções.


Para os fãs que ainda não conseguiram comprar os ingressos: tentem e tentem, enquanto houver um showzinho. Ainda há um show no Rio, São Paulo (a venda para esses dois acontece apenas por telefone ou no local) e no Chile, que começa essa semana. Insistam e acreditem que vocês vão conseguir!!!!Boa sorte!!!


Quanto a ''material girl'' e sua equipe fica minha decepção, por saber que não houve o mínimo de cuidado na escolha de empresas competentes e sérias, para retribuir o carinho dos fãs. E aos empresários gananciosos, o meu total repúdio a essa forma nojenta e prejudicial de lucro.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Adoráveis mulheres

Prometi a mim mesma que não iria escrever textos feministas, mas hoje farei uma excessão. Na verdade as mulheres merecem, pois são os seres mais engraçados que existe. Mudam de humor rapidamente, choram com a maior facilidade do mundo, e dão risada com a mesma intensidade. Amam, e daqui a pouco, odeiam e vice-versa. Cuidam de tudo e todos ao seu redor, por mais que não tenham filhos, mas têm o instinto maternal: "leva casaco'', ''não acredito que ele fez isso contigo?!", "não acredito que tu deixou que ele fizesse isso contigo", ''não acredito que tu fez isso contigo!!!". ''Se eu estivesse lá...''

As mulheres podem ser muito más, mas podem ser muito boas, principalmente com as amigas. Falo isso por experiência própria, sempre pensei que eu era a mãezona delas, mas elas me provaram o contrário...Provaram que importam-se muito comigo e que até chegariam ao ponto de passar a vergonha de xingar ou bater em qualquer pessoa que resolvesse me magoar. Antes eu achava que só eu chegaria nesse ponto.
Só nós, mulheres, temos o o prazer de saber como é ser uma mulher, já diria a música da Madonna (''What it feels like for a girl"). Nós que sabemos o que é ter tpm, choraaaaaaamos até secar a alma só por não ter algo que queríamos comer, e como se nada tivesse acontecido levantamos do chão e estamos pronta pra festa. Nós que sabemos o que é abrir o armário, cheio de roupas e mesmo assim não ter nada pra vestir!(e muitas vezes é verdade: ou porque engordamos, ou porque emagrecemos, ou porque simplesmente não aguentamos mais vestir as mesmas roupas!!!) Nós que sabemos a decepção de quando mudamos algo e ninguém nota, ou ainda coloca defeito. Nós que sabemos que uma barra de chocolate, uma cerveja ou uma massagem pode salvar um dia, ou uma vida. Nós que sabemos o quanto vamos nos machucar, mas, mesmo assim, pagamos pra ver. Nós que sabemos a raiva que dá não ser compreendida quando dizemos as coisas subliminarmente, nas entrelinhas, ou até mesmo diretamente. Nós que sabemos o poder que algumas pessoas têm de irritar, ao ponto de nos segurarmos para não avançar no pescoço. Nós que sabemos a tristeza que ficamos quando ferimos alguém, mesmo quando a intenção era justamente essa. Nós que sabemos a frustração que é dizer ''tudo bem'', quando na verdade está tudo péssimo. Nós que sabemos o quanto coisinhas, que podem parecer pequenas ou sem valor, muitas vezes são as maiores alegrias que podíamos ter. Nós que sabemos o peso na consciência quando comemos por tristeza, alegria, ansiedade, tédio, raiva, saudade,nervosismo...
Por fim, nós que sabemos como é bom poder contar com outras loucas como nós!

Meus amigos homens que me perdoem, mas esse texto é dedicado à todas as mulheres, especialmente para minhas amigas: amo vocês e muito obrigada por estarem na minha vida!

Ainda sobre as mulheres...


ORAÇÃO DAS MULHERES:


"Querido Deus,
Até agora o meu dia foi bom:
não fiz fofoca,
não perdi a paciência,
não fui gananciosa, sarcástica, rabugenta, chata e nem irônica.
Controlei minha TPM,
não reclamei,
não praguejei,
não gritei,
nem tive ataques de ciúmes.
Não comi chocolate.
Também não fiz débitos em meu cartão de crédito (nem do meu marido) e nem dei cheques pré-datados.
Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para levantar da cama a qualquer momento...
Amém! "

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A adaptação da maldade

Quando inventam de fazer um filme baseado em algum livro, procuro ler a obra antes de assistí-lo, o que, na maioria das vezes, acaba me frustrando. Minha última tentativa é ''Ensaio sobre a cegueira'', de José Saramago. A película de Meirelles, baseada na história de Saramago estréia no próximo dia 12, e pelo que andei pesquisando, será mais uma tentativa desastrosa de adaptar o mundo mágico da imaginação, proporcionado pela literatura, para a realidade imutável das telonas. Não que o cinema seja incapaz de um feito desses, mas os roteiristas e diretores têm por regra estragar as histórias impressas.

Tenho certeza que o aclamado trabalho do escritor, roteirista, jornalista e poeta português não terá toda a densidade e emoção que encontramos no livro. Mas antes de afirmar minha opinião, aguardarei até conferir a adaptação, no cinema.

Simplesmente é genial a maneira como ele aborda o lixo da miséria humana, a baixeza subterrânea que o comportamento das pessoas chega é algo inimaginável. Tudo bem que trata-se de ficção, mas incrivelmente todas as situações citadas no livro são perfeitamente possíveis de acontecer no mundo real. Quando o ser ''pensante'' está em alguma situação que lhe ofereça riscos, age como um animal, muitas vezes até pior, porque os animais não possuem a nossa suposta inteligência de raciocinar.

Vou mais além: o ser humano é capaz de oferecer até a mãe para salvar a pele. Aquela que lhe carregou por nove meses, teve dores horríveis do parto, lhe deu a vida, cuidou nos momentos mais importantes, abdicou de coisas para sí com a intenção de priorizar o bem estar de seu filho.

Não poderia deixar Charles Bukowski fora da sabatina da raça humana. Ele não era o mais pessimista dos seres que já passou por aqui, mesmo afirmando que quanto menos via as pessoas, mais gostava delas. Como estava falando para um amigo meu, normalmente as pessoas criativas são as inconformadas com a mediocridade da mesmice e decidem inventar algo novo, nem que isso signifique extrapolar. O bohemio alemão foi muito maltratado pelo pai, talvez esse seja um dos motivos por afirmar que ''a raça humana sempre me causou nojo'', quando tratava do comportamento das pessoas. Sua auto definição pode o descrever melhor: "sou apenas um velho com algumas histórias sujas. Escrevendo um jornal, que como eu, poderá morrer amanhã de manhã". Fato.

Mas piores que os atos, conseguem ser os pensamentos e a imaginação das pessoas. No caso do livro, mostrar as consequências do comportamento egoísta e irracional do homem, limita o nível de maldade que habita em cada um. Por isso asseguro que a imagem, pelo menos dessa vez, não valerá por mil palavras. Sem querer ser pessimista,claro. Mas sou humana.

Mais sobre Bukowski:

http://www.conradeditora.com.br/hotsite/buk/index.htm

http://www.spectroeditora.com.br/autores/bukowski/bukowski.php

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O romance está morto

A era da modernidade. Época em que não só a food é fast, mas os amores são mais ainda. Se é que podem ser chamados de amores, ''sexos rápidos'' fica melhor. Pessoas se ''conhecem'', se beijam, transam e deu. É isso, amigos. Sem cerimônias, indo ao que interessa.

Isso não me agrada, nenhum um pouco, mas também não julgo os adeptos. Não vou dizer que nunca me aconteceu, mas isso não me satisfaz, simplesmente porque não consigo não ir além. Digamos que ainda sou do tempo que as pessoas se apaixonavam, de verdade, ligavam- se, combinavam de sair, o homem buscava a mulher em casa, abria a porta do carro. Sim, meus namorados desciam do carro e abriam a porta para eu entrar, parece até período jurássico, mas isso acontecia há pouco tempo ainda...

Penso nos prejuízos que essa praticidade amorosa trouxe para várias pessoas, além de nós mesmos: restaurantes, cinemas e floriculturas, nossa, essas devem tirar seu sustento no dia das mães, finados e olha lá. Flores, hoje em dia servem apenas para isso: mães e jazigos. Os homens não sabem que as mulheres moderninhas, seguras de sí, adoram a clichezisse de receber flores, e acompanhadas de um cartão, então, a nossa breguisse interior agradece: chorar ao saber que tem alguém que preocupa-se em nos mandar um agradinho, por mais que ele vá para o lixo em alguns dias.

Atualmente o orkut e o msn facilitaram tudinho, e acabaram com os últimos suspiros agonizantes do romance, que já não ia bem desde que as mulheres inventaram a vingança contra os homens: agir como eles, feito animais irracionais. Assim definem-se os relacionamentos de hoje: conversas casuais no messenger, como não têm mais nada de bom para fazer, que resultam em encontros ainda mais superficiais. Após isso as pessoas só vão se ver de novo se derem a sorte de estarem online ao mesmo tempo. Se não, por mais que seja a vontade de um novo encontro, isso não acontecerá de novo.

Ninguém usa mais o telefone, muito menos o poder de sedução. Aliás, ninguém ousa mais se machucar. Preferem algo superficial à vulnerabilidade. Estamos tão modernos, mas tão modernos que nem uma adaptação do filme ''Romeu e Julieta'' poderia ser feita, como aconteceu há 12 anos. Simplesmente porque as Julietas e os Romeus que viviam em cada um de nós, morreram de desgosto.

Conversava sobre isso com minhas amigas esses dias: a maioria das pessoas são adeptas da postura "não vou me envolver. E se der errado? E se eu sofrer?'' Claro, vá que dê certo e duas pessoas se apaixonam e vivem momentos felizes, né? Melhor ficar no vazio da mesmisse da vida. Odeio falta de atitude, de coragem, de histórias para contar.

Já sofri muito por amor, e hoje estou aqui, vivinha da Silva, não tenho medo de chorar até lavar a alma, atirada no chão, achando que não vou conseguir mais viver. Não tenho receio de ir dormir chorando e acordar chorando. De emagrecer ou engordar por conta da tristeza. De achar que meu coração, que foi arrancado e pisoteado, nunca vai sarar. Não tenho medo das discussões intermináveis, que dão até vontade de matar o indivíduo. De achar que vou passar o resto da vida com um homem e depois ver que não é isso. De saber que eu posso ter alguém, só meu, que poderei ligar as duas da manhã porque aconteceu algo, ou apenas para agradecer por estar na minha vida. De imaginar meus filhos com outra pessoa. Do conforto de ter um amigo para envelhecer junto. Da vergonha e ansiedade causada pela janta para conhecer a família dele. De bater na cara dele com as flores presenteadas por alguma mancada. De ficar doente e ter alguém para me cobrir e me dar remédios. De ouvir verdades que doem, sobre meus defeitos, mas ditas com o intuito de tornar-me melhor. Não tenho medo de descobrir que aquela pessoa é cheinha, mas cheinhaaa de defeitos, e o mais fantástico é saber que sou capaz de amá-la mesmo assim, e esses defeitos tornam-se apenas parte do seu charme.

As pessoas não querem mais isso. As pessoas não querem mais merda alguma! Apenas relacionamentos que não causem danos. Só um aviso: não há bônus sem ônus, diria meu oftalmologista. A felicidade de alguém é proporcional a profundidade do seu envolvimento. E o sofrimento também, mas as lágrimas nos lembram que estamos vivos.
P.S.: Colaborou neste texto com correções e sugestões, "Dom" Chico.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Madonna será sempre Madonna, gostem ou não.

Todo mundo tem o direito de gostar ou não do que lhe convém. Mas muitas coisas, por mais que não agradam, precisam ser respeitadas. Explico: Paulo Coelho não me agrada nenhum um pouco, mas de alguma forma ele conseguiu destaque, merece respeito. Música sertaneja não tem nada a ver comigo, mas admiro as pessoas que conseguiram obter sucesso com ela, principalmente as que sairam de lugar algum e hoje tocam pelo mundo afora.

Esclarecido isso, vou ao assunto: Madonna. Sei que muita gente vai torcer o nariz, porque não aguenta mais falar dela. Sim, tão popular quanto Jesus Cristo ou os Beatles ( Agora o nariz ficou mais torcido ainda, mas essa é a constatação de uma pesquisa realizada em Londres). O fato é que é preciso respeitar,e muito, a rainha do pop.

Com certeza ela teve muita coragem para largar família (sete irmãos e um pai muito conservador), sair de sua cidadezinha (Michigan,Detroit) e ir para a cidade grande (Nova Iorque) com apenas 35 dólares no bolso. Hoje ela tem um patrimônio estimado no valor de U$ 600 milhões. Fez render o dinheiro, né?

Não pensem que a cantora chegou, conheceu pessoas e tornou- se famosa. O início foi muito difícil, por mais inacreditável que seja olhando para a Madonna de hoje em dia. Ela dormiu na rua, antes de encontrar um apartamento lotado de baratas, comia muitas pipocas, e na pior fase chegou a alimentar-se com o que encontrava no lixo.

Muita gente vai dizer também que ela é uma ''vagabunda", que dormiu com as pessoas certas (usou?) para ir conseguindo atingir seus objetivos. Com certeza não foi apenas isso, mas ela uniu o útil ao agradável. A material girl nunca escondeu que adora sexo (sim, tem gente que acha errado gostar, aliás, tem gente que nem questão faz de transar), mas se ela não tivesse o mínimo de inteligência e não fosse uma pessoa determinada ia ter parado no "like a virgen", concordam?

E quantas mulheres usam a ''prostituição'' para subir na vida e não conseguem? Porque lhes falta coragem, vontade, ou apenas cérebro mesmo. Quantas interesseiras casam-se com homens que não amam apenas para garantir um futuro? É preciso ter talento, amigos. Talento e obstinação.

Sem dúvida ela soube (e ainda sabe) cativar o público. Sabe usar a sexualidade a seu favor, mesmo que isso não passe de puro marketing, sabe chocar as pessoas com o seu comportamento imprevisível, sabe manter a originalidade. Madonna sempre soube como ser sexy, sem ser vulgar. A rainha de ''erotica'' sabe mexer com a imaginação de qualquer um, simplesmente porque trata o sexo com total normalidade, não aborda de uma maneira proibida ou errada, como a igreja católica sempre fez. Se as pessoas tratassem o sexo como parte da natureza humana, poderiam melhorar sua vida sexual e, conseqüentemente, tonarem-se mais felizes.

Aliás, que outra banda ou cantor conseguiu manter-se no topo durante 25 anos? Sempre lançando músicas novas, e estilos também. Pouquíssimos,meus caros. O que mais vemos são aquelas pessoas almost famous indo aos programas de auditório tocar músicas que foram sucesso há anos e que ninguém aguenta mais ouvir.

Outro motivo de admiração: como ela usa o poder que exerce sobre as pessoas para fazer algo pelo mundo. Não quero dar uma de Miss aqui e falar sobre a paz mundial, mas isso é um fato a ser observado. Muita gente vai falar que é marketing: ok, pode ser. Mas fazer marketing com milhões de dólares? Ou preocupar-se em ir até Israel, arriscando não voltar, para pedir às pessoas um pouco mais de consciência em relação às crianças do Oriente Médio, que crescem em meio da guerra estúpida e sem propósitos (não que alguma forma de guerra possua algum).

Madonna poderia ter parado há anos com essa história de cantar, dançar, atuar, se promover. Mas não parou, porque gosta do que faz. E transformou-se no mito que é hoje. Podem falar o que quiserem, mas ela se fez Madonna. Não foi o fato de ter transando com muitos caras, muito menos as pessoas certas que conheceu, tampouco as polêmicas que ela sempre anda envolvida, polêmicas que não acabam com sua imagem e que ela permite divulgar.

E nem entrei no mérito do quanto suas músicas influenciam, positivamente, a vida das pessoas. A compositora sempre tenta estimular quem ouve suas canções, mostrando que cada um é responsável (e capaz) por melhorar a sua vida. São canções que aumentam a confiança das pessoas.

Ela transformou-se em um ídolo, e pelo jeito ninguém vai lhe tirar esse título. Ao invés das pessoas criticarem, deveriam seguir seu exemplo e ter o mínimo da atitude dela. Aliás, podem criticar, caros. Ela é e sempre será a Madonna, "like it or not" ...


Site oficial da cantora:
Recomendo a ''leitura'' do livro mais polêmico dos últimos anos: Sex Book, também pode ser visto online no site:

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Jeitinho brasileiro causa fiasco na China (dois dias consecutivos)


Nunca escondi minha indignação com os ''causos'' deste país. Basta analisar a nossa imagem fora daqui: espertalhões, sempre querendo levar vantagem. Nem que isso signifique o constrangimento de furar uma fila para lucrar dois minutos, tempo que nem uma pipoca de microndas leva para ficar pronta.

Pois é, meus senhores: na terra do futebol, quem tem diploma não é ninguém. E nem refiro-me a dificuldade para achar emprego ou ao salário (ir)risório, mas ao pouco caso que esse país dispensa à quem dedicou bons anos de sua vida estudando.

Mais uma gafe verde e amarela: no outro lado do mundo, durante as olimpíadas, onde cinco cambistas-canarinhos foram presos tentando vender ingressos para os jogos. Estou ciente que não foram só brasileiros, e também que isso não é lá considerado um grande crime, mas só serve para a nossa fama de povo oportunista aumentar cada vez mais.

Entra Olimpíadas, sai Copa do Mundo, o povo brasileiro continua com a mesma mentalidade de não perder uma meia furada se quer, talvez por já ter perdido demais. Os políticos corruptos candidatam- se novamente, na maior cara-de-pau, e o pior: ganham. O povo continua sentado esperando que algum milagre aconteça, pois não tem mais vontade nem coragem de mudar nadinha. Sentado, admirando uma menina cantar playback na abertura das Olimpíadas...

Sabe um povo que não fica sentado? Os tão odiados (não por mim) argentinos. Sim, o "time das milongas", que fez a seleção all stars da bola engolir três gols, e contentar-se em disputar a mediocridade do terceiro lugar. Sem a hipócrisia de que "o importante é competir", se não existiria qualquer outra coisa no lugar do podium.

Ao que importa: os argentinos não ficam parados, olhando. Eles pegam suas panelas e vão fazer barulho na frente da Casa Rosada, símbolo do poder do país. Fazem passeatas, vão até o Congresso Nacional gritar, apitar, lembrar aos seus dirigentes que eles os colocaram lá e podem tirá- los a qualquer momento. Lá, não aguentam quatro anos, como aqui.
Até mesmo as nossas campanhas de conscientização são sobre pessoas acomodadas: alertam para o risco da escolha errada: ficar quatro anos agüentando péssimos administradores. Não,não e não! Se a pessoa não está contente com o seu eleito tem a obrigação de contestar, e não esperar o tempo do mandato acabar.

Mesmo após tantas crises e escândalos, a terra dos hermanos ainda dá um banho no Brasil em relação à cultura, consciência política, e agora: futebol ( o único trunfo que os tupiniquins tinham sobre os castelhanos). Durma com um barulho desses.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Sobre lemingues e clichês

Pessoas exacerbadamente otimistas me irritam. Aquelas que sempre querem ser os profetas das soluções. Todo mundo tem os dias que acorda sem querer se olhar no espelho, achando a vida uma merda, cansado de ser bonzinho, otimista, esperar as coisas darem certo. "Os resultados virão": ledo engano, dear friend. Algumas pessoas estão até agora esperando seus sonhos realizarem-se, dentro dos túmulos....

Não sou uma maníaca depressiva, nem uma velhinha reclamona rabugenta (sim, é uma expressão só). Na maioria das vezes, sou feliz, tento sempre manter um sorriso no rosto, por mais que minha vontade seja de me atirar no chão e chorar, chorar, chorar e chorar. Mas não pega mais bem na nossa idade fazer isso no meio da rua, ou na frente de casa, sempre o maldito problema de parecer feliz para os outros...

Voltando ao assunto, simplesmente têm dias que dá vontade arrancar as roupas, sair correndo pelo mundo gritando: "porque isso acontece comigo??!!WHYYYYYYYYYYYYY''???!! Nessas horas que os amigos entram. Simmmmmm, ralem-se!! Também somos muro das lamentações muitas vezes, é assim que se constroem as relações, mais ou menos como as amorosas, mas sem sexo (na maioria das vezes) ou o compromisso de TER QUE ouvir. O amigo ajuda porque quer fazer o outro sentir-se melhor.

Quando o ''necessitado" estiver divagando, divagando, divagando, no msn, no telefone, frente a frente, com um copo de ceva esquentando, a fumaça de cigarro na nossa cara, sejamos pacientes. Ás vezes ele só precisa desabafar e falar: "QUE MERDA!". Ele não quer ouvir conselhos clichês, vindo diretamente de ''O segredo'', ''Ajude sua vida", ''Nunca estamos sós". Não, não e não!!!!! Isso irrita profundamente. Simplesmente porque são coisas que todo mundo está careca de saber e não consegue fazer, e isso é motivo para deixar a pessoa mais frustrada ainda.

Sabe o que é bom ouvir nessas horas? "É foda essa vida!! Mas uma hora as coisas têm que melhorar, porque piorar não tem mais como, né? Garçom, mais uma, por favor"! Pelo menos é o que eu prefiro a ficar analisando os ensinamentos de Buda, que não são conselhos para pessoas como eu, enfim, que esperam coisas para ontem... Contar os nossos problemas também não vai ajudar a pessoa a melhorar, pelo contrário, além de tudo, ela vai sentir-se ignorada.

Tudo isso eu escrevi para dar a seguinte mensagem: Não tentem ajudar com clichêzisses que é um porre!!! "Quem espera sempre alcança", "os últimos serão os primeiros". Isso provoca mais raiva que ouvir um: "então te mexe, porra, e faz algo pela tua vida!!", acompanhado por um leve chacoalhaço nos ombros da pessoa. Sem tapas na cara, por mais que a vontade seja grande...

Claro que devemos sempre manter o otimismo, caso contrário já estaríamos como os Lemingues, fazendo fila em direção ao suícidio, mas todo mundo tem seus dias deprês, que simplesmente nada dá certo. Nessas horas nada melhor que utilizar o sarcasmo e pensar: "o que é um peido pra quem tá cagado??!!!"