Só não gosta da capital portenha quem não a conhece. Não sei de uma pessoa que tenha voltado de Buenos Aires reclamando de lá. Alguém por acaso sabe? Isso é fato.
Além de todo o charme que a cidade oferece, cada detalhe é apaixonante, claro que há muitos problemas que se vê em qualquer lugar, como o crescimento da pobreza, ainda mais depois da crise que assolou o país por volta de 2000, e fez muita gente perder tudo, mas o charme europeu continua.
Charme esse que pode ser atribuido aos seus parques, teatros, livrarias, cafés, forte hábito cultural, educação e em especial: o povo. Além dos homens mais lindos que já vi andarem pelas ruas, a população tem a presença marcante da paixão e tudo que faz: pedem desculpa quando esbarram em alguém na rua, mas também sabem fazer panelaço e exigir seus direitos para os políticos.
Uma prova da politização do povo? Buenos Aires é o primeiro país da America Latina, e ai estamos falando de vinte países, a garantir o direito ao casamento para os homossexuais. E não entrando na questão que engloba a ignorância desmedida do preconceito descabido da homofobia, isso é a maior prova que eles estão anos luz à frente de muitos países que são considerados como potências em crescimento, como o nosso próprio Brasil brasileiro.
O que desmotiva qualquer pessoa mais aberta a evoluções e direitos igualitários é o conservadorismo de muita gente, inclusive do próprio governo e a morosidade da justiça, o comodismo do povo, que aceita qualquer teoria passada pelas redes de televisão.
Em domingos, por exemplo os argentinos estão nas ruas, nas livrarias, nos cafés, enquanto aqui as pessoas ficam enfurnadas na televisão limitando suas vidas ao que é selecionado ser de seu conhecimento.
Não pense que esse direito foi conquistado assim, no dia que a marcou essa conquista para os homossexuais argentinos o povo comemorava a conquista no senado em um frio de cinco graus as quatro da manhã.
A atitude faz um povo. E muda a história. Congratulaciones, pueblo argentino!
