quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

''God bless America''. Só o amor constrói.


Chorei quando vi o povo em frente ao Capitólio da capital americana. Chorei ao pensar que um milhão e duzentas pessoas foram até Washington presenciar a posse que entrará para a história, a mais assistida do mundo. Chorei ao ver a esperança nos olhos de cada um. A esperança de um mundo melhor. Chorei ao pensar que o filho de um reles africano imigrante, que passou fome, chegou à frente de um dos países mais importante do mundo, com seu esforço e determinação.

O décimo quarto presidente dos EUA falou no seu discurso (por sinal emocionante, escrito por um rapaz de 27 anos) que todos merecem a chance de buscar a própria felicidade, como ele fez. Comentou sobre a crise que o mundo enfrenta, a dificuldade que passa a economia na américa do norte, alfinetou o ex-presidente, Bush (que assassinou tantas vidas com sua arrogância e prepotência, ironicamente usando armas para impor a paz) afirmando que as tropas americanas deverão deixar o Iraque. Lembrou que existe apenas um Deus, e milhares de meio de chamá-lo e crer em sua existência, por isso cristãos, mulçumanos, hindus e todas as religiões devem unir-se para ter uma fé. Reforçou que o Afeganistão, assim como tantos outros países do Oriente Médio, precisam de paz, e não de mais mortes e sofrimento.
Barack Obama frisou que o momento é de reconstruir a América, lamentou os problemas ambientais enfrentados no mundo, destacou a importância do uso consciente de energias, principalmente o consumo feito por sua nação dos recursos da natureza, sem dar valor a seus efeitos, gerando o aquecimento do planeta. A nova era de responsabilidades, como chamou o candidato democrata eleito, inclui a melhoria da educação, a formação de uma consciência futura para o mundo.

Não pretendo endeusar uma pessoa que ainda não fez nada para o povo e já é adorada. Muito pelo contrário: não confio em políticos, e acho que as pessoas que querem fazer verdadeiramente algo pelo mundo não sabem ser políticas, que inclui atitudes como fechar os olhos para muitas coisas erradas e manter a diplomacia. Mas acredito que muita gente quer transformar o mundo em um lugar melhor para se viver, ajudar quem precisa e transformar nossas crianças em adultos responsáveis e íntegros com seu próximo.

O mais bonito de assistir a posse foi pensar que o preconceito foi vencido. Era difícil acreditar que um país tão conservador como os EUA fosse eleger um homem negro, filho de imigrante. Lindo de ver também foi a cumplicidade entre o presidente e sua esposa, Michele, que em todo momento da vida e da campanha esteve ao lado de seu marido e amigo, dando força e incentivando sua luta. Um dos momentos mais marcantes da posse foi quando ele virou-se para trás, onde ela estava sentada, olhou-a nos olhos e com um sorriso discreto piscou e mexeu os lábios: ''i love you''. Não era uma cena para ser mostrada, não estava sendo sendo visto, era uma atitude espontânea e sincera.

Para quem acha que a posse de um homem lá nos Estados Unidos não muda em nada o pobre brasileiro em uma vila aqui no interior do país, está redondamente enganado. O que esse homem com tanto poder vai fazer a apartir de agora, influenciará em todo mundo. Ele pode melhorar muitas coisas e ajudar muita gente, como pode enterrar de vez seu país e provocar uma crise profunda no mundo.


Aos brasileiros, patriotas de carterinha, que precisam ter ódio da nação estadio unidense, fica minha lástima. Só pode ser tristeza por não conseguir ser um povo tão unido e com fé. Tudo bem que existe muito americano idiota, mas existem outros tantos brasileiros tão ou quanto desprezíveis. Basta analisarmos o país pelo seu presidente, cada nação tem o representante que merece. Enquanto na terra do tio Sam, temos um filho de imigrante africano, que lutou para estudar, ser alguém, batalhou, enfrentou e venceu as barreiras, no Brasil temos um sindicalista ignorante, que trabalhou o mínimo possível, mal sabe falar e orgulha-se ao incentivar a falta de estudo e cultura alegando que ler lhe causa ''azia''. Tenha dó, meu povo. Por pior que seja a crise, lá continua sendo a terra das oportunidades, porque tem espaço para quem quer crescer lutando. Aqui é, e sempre será, o país com a cultura do povo vagabundo que só vê vantagens e quer lucrar.

Sorte para os EUA. Sorte para nós: ''We can do anything! Because in God we trust!!''

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